Desmanche da Stellantis já reciclou 370 veículos e vendeu 1,6 mil peças oficiais
A Stellantis concluiu o primeiro balanço operacional do Centro de Desmontagem Veicular Circular AutoPeças, inaugurado em agosto, em Osasco (SP). Em 100 dias de operação, a unidade desmontou 370 veículos — média de 125 por mês — e colocou mais de 6.000 peças usadas em condições de reaproveitamento no mercado.
Desse total, mais de 1.600 componentes já foram comercializados, enquanto um estoque inicial superior a 4.000 peças permanece disponível para venda.
–Cristiane Barreto/Quatro Rodas
A unidade integra uma estratégia global da Stellantis e é a primeira do tipo na América do Sul. No mundo, apenas Turim, na Itália, abriga uma estrutura semelhante operada pela fabricante. O investimento inicial no projeto foi de R$ 13 milhões, com capacidade instalada para desmontar até 8.000 veículos por ano. Todos os automóveis processados são classificados como perda total ou em fim de vida útil e são adquiridos por meio de leilões.
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–DIvulgação/Stellantis
As vendas ocorrem tanto na loja física instalada no próprio centro quanto em canais digitais. Nos primeiros 100 dias, a loja oficial da Circular AutoPeças no Mercado Livre respondeu por 66% das vendas, enquanto os 34% restantes vieram do atendimento presencial.
–Divulgação/Stellantis
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Em pouco mais de três meses, o centro registrou mais de 6.500 interações no Google. No Mercado Livre, o perfil oficial já soma mais de 6.000 seguidores, enquanto o Instagram ultrapassou a marca de 21.000. A Stellantis prevê ainda o lançamento de um e-commerce próprio, ampliando o acesso do consumidor a peças de origem controlada.
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No mesmo período, foram recicladas 246 toneladas de aço e alumínio, além do reaproveitamento de 16 toneladas de plástico e da recuperação de 1 tonelada de cobre. Segundo a empresa, 100% dos materiais dos veículos desmontados são reaproveitados, incluindo fluidos, óleos, combustíveis e metais nobres, contribuindo diretamente para a redução de resíduos automotivos.
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Processo de desmontagem
–Paulo Bareta/Stellantis
O processo segue um fluxo industrial estruturado. Ao chegar à unidade, o veículo passa por uma etapa de descontaminação, com a retirada de fluidos como óleo, combustível e líquido de arrefecimento. Em seguida, técnicos avaliam individualmente cada componente na linha de desmontagem, classificando as peças conforme seu potencial de reaproveitamento, remanufatura ou reciclagem.
–Paulo Bareta/Stellantis
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As peças aptas ao reuso passam por limpeza com produtos biodegradáveis e recebem identificação individual, com etiqueta de rastreamento emitida pelo Detran. Essa identificação reúne dados de origem, classificação e conformidade legal. Apenas componentes que atingem a nota mínima definida pelos critérios técnicos são liberados para comercialização, garantindo procedência e segurança ao consumidor.
–Paulo Bareta/Stellantis
Cada veículo desmontado gera ainda uma “carteira de desmonte”, documento que reúne até 49 grupos de peças com rastreabilidade completa, desde os dados do veículo de origem até o histórico dos profissionais responsáveis pelo processo. Além das exigências regulatórias, a Stellantis mantém um sistema próprio de codificação e controle de qualidade.
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